LAPIS QUI VOLVITUR

O melhor álbum de rock em latim dos últimos 2.000 anos
A utilização do latim como ponto de partida ou adorno na arte e na música moderna brasileira já tem uma história que se inicia desde o manifesto antropofágico de Oswald de Andrade e se estende até os dias de hoje. As interferências em latim dão a possibilidade de jogar luz sobre aspectos importantes da história e do pensamento ocidental, iluminando as escolhas estéticas e filosóficas, deixando entrever as nuances do senso comum na manutenção e atualização de provérbios populares, mas, ao mesmo tempo, evidenciando os sentidos implícitos nessas atualizações, particularmente nos movimentos estéticos atuais, em que a palavra é o corpo opaco no qual os sentidos aparecem em suas determinações históricas. É dentro deste referencial que Lapis qui Volvitur se desenvolve como uma alternativa de abrir um novo espaço para o mundo do rock.
VIARO (1999) afirma “é preciso revitalizar o valor que o latim tem como ótimo meio para aguçar a percepção etimológica das raízes do português e de outras línguas, o exercício da análise sintática, o raciocínio lógico, a ampliação de vocabulário e a curiosidade para entender outros momentos históricos e o desenvolvimento das sociedades e do pensamento dos dias de hoje”.
HAAS (2003), ao discorrer sobre o uso de citações em latim nas músicas contemporâneas, comenta sobre o choque entre os sons modernos do rock, a língua antiga e a tensão que se estende à letra.
As músicas foram criadas utilizando-se máximas, ditados, trechos de obras clássicas e expressões em latim. A versão em português apresentada no site não é tradução literal dos textos e a versão em inglês foi traduzida a partir da versão em português.